Câncer

O câncer de cabeça e pescoço é o oitavo tipo de câncer mais frequente no mundo, com mortalidade maior que 430.000 casos por ano no mundo. Pesquisadores do LNBio têm trabalhado para a descoberta de marcadores para diagnóstico, prognóstico e novos alvos terapêuticos para a doença.

Em um destes estudos empregando saliva de pacientes com ou sem lesão ativa de câncer de boca, mostraram por metaproteômica que o microbioma oral e suas proteínas têm valor diagnóstico e prognóstico em pacientes com câncer de boca. Em parceria com LNNano, foi desenvolvido um protótipo de biossensor eletroquímico para análise da interação entre proteínas que tem a potencial de atuarem como biomarcadores em câncer de boca. Em colaboração com o Ministério da Saúde no âmbito do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (PRONON) o LNBio desenvolve projetos que envolvem pesquisas com potencial de tradução para prática clínica. Um dos projetos propõe validar uma assinatura prognóstica capaz de classificar com precisão e acurácia pacientes com e sem metástase cervical.

O câncer de mama é o câncer mais prevalente entre as mulheres (com exceção dos cânceres de pele não melanoma). Apesar de importantes marcadores e alvos já serem conhecidos e tratamentos eficazes existirem para alguns subtipos tumorais, há tumores de mama ainda devastadores e com poucas opções de tratamento.

No LNBio, a pesquisa em câncer de mama contempla estudos do processo de adaptação metabólica no microambiente tumoral, em especial as trocas de metabólitos entre câncer e células imunes infiltradas, com o objetivo de compreender a biologia do processo de imunossupressão tumoral. Em outro tópico, em colaboração com o Ministério da Saúde no âmbito do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (PRONON) e hospitais, o LNBio desenvolve um projeto cujo grande objetivo é o cultivo em três dimensões de massas de tumores extraídas de pacientes para o estabelecimento de terapias personalizadas. Com a possibilidade de replicar os tumores de pacientes em condições de cultivo no laboratório e o desenvolvimento de protocolos de testagem de moléculas, daremos importantes passos no sentido de, no futuro, estabelecermos uma plataforma para avaliação de tratamentos quimioterápicos.

Esta plataforma irá beneficiar especialmente pacientes com tumores refratários e cujo tratamento clínico apresentou baixo sucesso. Além disso, com o uso de metodologias de vanguarda, como microfluídica, vamos avançar no entendimento de determinantes para a metástase distante em órgãos como cérebro, e desvendar novas trilhas de tratamento.