Communication of LNBio, 17th August 2016

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Tecnologia para cultivo de tecidos humanos em chips chega ao Brasil
Seminários divulgarão iniciativa da Rede Nacional de Métodos Alternativo ao Uso de Animais (RENAMA). Participe!
O Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) concluirá, dentre 22 de agosto e 2 de setembro deste ano, a instalação de uma plataforma dedicada ao cultivo de tecidos humanos em chips. A iniciativa, conhecida por Human on a chip, integra o portfólio de projetos da Rede Nacional de Métodos Alternativo ao Uso de Animais (RENAMA).

A tecnologia consiste no cultivo de tecidos humanos em três dimensões, em arranjos que simulam a morfologia e a funcionalidade dos órgãos humanos. Este tipo de cultura torna-se possível, pois os tecidos são mantidos em chips controlados por computadores que realizam a circulação de um fluido que cumpre parcialmente as funções do sangue. O método permite ainda o cultivo de diferentes tecidos no mesmo chip, uma estratégia para reprodução da complexidade do organismo humano.

Os chips empregam tecnologia da empresa alemã TissUse – parceira neste caso de transferência tecnológica. Entre 22 de agosto e 2 de setembro, Katharina Schimek, pesquisadora da TissUse estará no LNBio para calibrar os equipamentos envolvidos no projeto e, então, concluir a transferência de tecnologia, iniciada em 2015, com o treinamento de pesquisadores brasileiros na sede da empresa, em Berlim.

O projeto prevê investimento inicial de R$1,5 milhão. Deste total, 1 milhão de reais é proveniente de uma articulação entre o Ministério da Saúde e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Comunicações (MCTIC). O repasse deste recurso ao LNBio/CNPEM foi feito por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), no âmbito da Rede Nacional de Métodos Alternativos ao uso de animais (RENAMA). O restante do valor total, R$ 500 mil, corresponde a um terço do valor total, e será aportado pelo Grupo Boticário, parceiro na iniciativa.

Seminário de divulgação

A agenda da pesquisadora alemã no Brasil inclui uma série de seminários para divulgação da tecnologia de cultivo de tecidos humanos em chips. As apresentações acontecerão de acordo com a seguinte programação:

  • 31/08 – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Brasília-DF;
  • 01/09 – LNBio/CNPEM, Campinas-SP;
  • 02/09 – Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Rio de Janeiro-RJ.

Interessados em participar do seminário aberto ao público que acontecerá no LNBio devem preencher o formulário de inscrição disponível em: https://lnbio.cnpem.br/inscricoes-seminario-human-chip/
Sobre a RENAMA
A Rede Nacional de Métodos Alternativos (Renama) ao uso de animais foi criada em 2012, por meio da Portaria MCTI n. 491. Os esforços da Renama são voltados para a promoção de métodos alternativos e o estabelecimento do processo de substituição dos testes em animais de forma progressiva e segura, sem impactos negativos no desenvolvimento de novos ingredientes bioativos e, principalmente, sem riscos ao meio ambiente e à saúde da população do Brasil. O Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), o Instituto Nacional de Metrologia Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/FIOCRUZ) são os laboratórios centrais da RENAMA, que conta ainda com um crescente número de laboratórios associados.

Sobre o LNBio
O Laboratório Nacional de Biociências (LNBio) integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), uma organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). O LNBio dedica-se à pesquisa e inovação nas áreas de biotecnologia e descoberta de fármacos. O Laboratório concentra competências voltadas à realização de estudos multidisciplinares nas áreas de biologia estrutural, proteômica, genômica, metabolômica, triagens moleculares de alto desempenho, bioensaios, química medicinal, bibliotecas de compostos orgânicos sintéticos e derivados de produtos naturais, cristalografia de proteínas, ressonância nuclear magnética, biofísica de proteínas e desenvolvimento de organismos geneticamente modificados.